Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos

Informamos que na terça-feira, em razão de problemas técnicos no Hospital Sírio Libanês (HSL), o Programa Sentinelas em Ação não pode ser assistido em tempo real por todos os que acessaram. No entanto, a videoconferência foi gravada e já se encontra disponível na Plataforma do HSL.

O tema abordado foi o “Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos”.  Dr. Mário Borges, o palestrante de hoje, é Farmacêutico da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG, Doutor em Medicina e membro do Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente.

A metodologia utilizada permitiu a identificação dos pontos principais relativos a três etapas do Ciclo de Medicamentos: prescrição, uso/dispensação e administração. Para, além disso, alertou para o uso de medicamentos potencialmente perigosos e de alta vigilância (relação disponível no site www.ismp-brasil.org). Seguiu com a explicação dos Indicadores sugeridos pelo Protocolo e que devem ser informados pelos Núcleos de Segurança do Paciente.

A moderadora Dra. Marisa Léa salientou que, apesar da simplicidade das ações descritas no Protocolo, a implantação é algo mais complexo, pois envolve mudança de atitude e adesão por parte das Instituições de saúde.  Solicitou que o Palestrante compartilhasse sua experiência neste sentido. Dr. Mário destacou facilidades como a simplicidade e o fácil entendimento do Protocolo, bem como a experiência da Rede Sentinela que já vem trabalhando com a segurança de medicamentos há muito tempo. Por outro lado, concorda que dependerá da disseminação de uma cultura de segurança.

A moderadora questionou se já existem evidências científicas que demonstram a redução de falhas com a implantação de Protocolos. O palestrante relatou vários estudos que deixam claro a redução significativa de erros, entre eles a sua Investigação no âmbito do Doutorado onde uma intervenção com a implantação de um modelo de prescrição para heparina reduziu os erros com este anticoagulante.

Em suas considerações finais Dr. Mário deixou como mensagem o Direito que todos temos de receber uma assistência segura, inclusive profissionais de saúde que também sofrem muito quando cometem um erro.  Ressaltou, em consonância com Dra. Marisa que a Política Nacional de Segurança do Paciente não é punitiva e sim educativa, com uma abordagem sistêmica em busca de eliminar ou reduzir falhas no processo.

Luna Pini 

Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária
CVISS/ NUVIG/Anvisa
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